Menos tempo no computador

São Paulo, SP (06/10/2010)

Fundamental para manter hábitos saudáveis, desenvolver a parte física e psicológica, a  atividade física evita o sedentarismo e problemas de saúde em crianças e adolescentes.

É importante que as crianças sejam incentivadas pelos pais e educadores a praticar atividades físicas com continuidade, sempre respeitando seus limites e sua faixa etária, pois previne contra diabetes  precoce, alteração nas taxas de colesterol, obesidade com pressão alta e outras doenças, afirma a pediatra Tatiana Fabbri. A médica alerta: “deve  equilibrar dieta e atividade física, da qual sinta prazer, negociando o tempo frente ao computador”. Para o professor Fabio Cunha, outros aspectos também devem ser levados em conta, como o convívio em grupo, o crescimento e desenvolvimento mais harmonioso do organismo e a promoção da saúde. “A falta de atividade física ou a atividade física sem orientação adequada pode acarretar problemas musculares e articulares na criança”, destaca o professor.

E qual a melhor atividade?

Brincadeiras e jogos desportivos lúdicos, sem dúvida. Somente a educação física escolar, duas vezes por semana em alguns colégios, não é suficiente. “De um modo geral, a educação física é mal administrada, às vezes é só futebol para os meninos”, argumenta Fabio Cunha. Em jogos esportivos e recreativos, a criança trabalha força, coordenação motora, resistência, flexibilidade e agilidade.

Além dos aspectos de saúde, as brincadeiras vão desenvolver capacidades e habilidades como:

  • velocidade,
  • força,
  • coordenação motora,
  • ritmo,
  • equilíbrio,
  • cooperação,
  • socialização,
  • interação, entre outras.

Por faixa etária

O professor Fabio Cunha, dá algumas dicas para os pais incluírem a atividade física no cotidiano das crianças, de acordo com as necessidades de cada faixa etária:

A partir dos 5 anos, a atividade pode ser direcionada, sempre de forma lúdica, objetivando desenvolver habilidades motoras básicas, como, por exemplo: correr, saltar, arremessar, pular e chutar. Deve-se evitar as competições formais.

Dos 8 aos 10 anos, o foco ainda é lúdico, embora já comece a ter uma interação entre as crianças. A competição deve ser “todos devem ganhar”, pois eles não estão preparados para lidar com a frustração da derrota, explica o professor.

Dos 10 aos 13 anos, a criança pode ser direcionada para uma atividade mais específica, por exemplo: escola de futebol, de basquete, natação, mas sem uma especialização. A atividade deve ocorrer sem muita intensidade, sem cobrança e com regras simples. Nesta fase já existe uma cooperação maior nos esportes coletivos, pois eles entendem a ajuda mútua. Excelente para aprender um movimento específico, com uma capacidade de concentração maior.

Dos 13 aos 16 anos, o treinamento pode ocorrer de forma mais direcionada, mas ainda com restrições com relação à intensidade, carga e execução do movimento, pois até o fim da puberdade o organismo ainda está sofrendo alterações fisiológicas e morfológicas. Cuidados devem ser tomados com exercícios e atividades de impacto, por exemplo: saltos, musculação com sobrecarga alta, lutas.

Cunha lembra ainda aos pais que  procurem locais  adequados, observem a qualificação dos professores e sua formação, e se empregam metodologias de ensino voltadas para cada faixa etária. “Afinal, as crianças não são adultos em miniatura”, conclui.

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Fonte:

Portal Prevenção e Saúde – Viva Melhor! – http://www.prevencaoesaude.com.br/content.asp?ContentID=279